01 março 2012

Na leitura como na vida, a diversidade e a igualdade

Aqui está o testemunho de uma professora em como a disciplina de Formação Cívica, pode fazer a diferença.

"Não resisto a contar uma das minhas últimas aulas de Formação Cívica. Mais uma em que os 45 minutos disponíveis deixam um sabor a pouco por não permitirem uma melhor exploração dos temas ou tornarem impossível abordar alguns.

Sou diretora de uma turma de 5.º ano com meninos com necessidades educativas especiais, entre os quais dois autistas. Estes meninos têm um currículo específico individual, apenas frequentando, com a turma, algumas disciplinas de carácter mais prático, e trabalhando as outras áreas com as professoras de educação especial na Unidade de Ensino Estruturado para este tipo de alunos. Nas aulas que frequentam com a turma, as atividades que desenvolvem são preparadas pela professora da disciplina em colaboração com a de educação especial, para que, simultaneamente, sejam adequadas às suas características e promovam a sua integração na turma. O tema que propus para essa aula foi a leitura de excertos de livros de que os meninos gostassem. Deveriam escolher um excerto que provocasse curiosidade nos outros e vontade de ler o livro. Leriam essa parte do texto e explicariam por que razão gostavam do livro. Além da motivação para a leitura e de diversas competências de leitura envolvidas nesta atividade, existia a partilha, a necessidade de se colocar no lugar do outro para fazer a escolha, a preparação e execução de uma exposição pública, entre muitas outras competências e valores.

Como poderiam participar os alunos autistas? Essa era uma preocupação minha. A professora Virgínia Abade, professora de educação especial que os acompanha, tinha a resposta. Também esses meninos, à sua maneira e com as suas enormes limitações de fala, iriam contar uma história."

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