11 março 2013

Desafios Seguranet


Na vida preocupamo-nos em educar os nossos filhos o melhor possível, ensinando-lhes regras, dando-lhes conselhos, acompanhando-os nas suas diversas actividades  alertando-os constantemente para eventuais perigos etc. A Internet entrou nas nossas vidas e veio para ficar, passando a fazer parte delas. Mas tal como acontece com outras coisas nas nossas vidas, a Internet comporta alguns riscos com os quais temos de aprender a lidar para podermos preparar os nossos filhos para mais esta nova realidade. (in seguanet)


A SeguraNet que é o serviço de sensibilização sobre utilização segura da Internet, lança anualmente (a coincidir com o calendário escolar) a iniciativa “Desafios SeguraNet”, dirigida a todos os ciclos do ensino básico e ao ensino secundário.
Estes desafios são dirigidos a alunos, professores e Pais. Há Desafios para todos, para serem desenvolvidos de forma colaborativa nas escolas com os professores ou em casa com os encarregados de educação. As turmas registadas são, ao longo do ano, convidadas a responder a três desafios sobre temas relacionados com a utilização segura e crítica da internet, obedecendo a uma calendarização que culmina com a atribuição de um prémio aos melhores trabalhos. (In Internet Segura)

O desafio da seguranet para os Pais (Cyberbulling e Utilização do telemóvel) termina no final do mês de Março, este desafio é formado por questões já respondidas pelos alunos, assim, em caso de dúvida, peçam ajuda aos vossos educandos, ou contactem-nos através do nosso e-mail.

Participe!!
Ao participar está a ajudar os nossos educandos.


10 março 2013

Exames Nacionais do 1º, 2º e 3º Ciclo




Os exames nacionais estão quase a começar e para ajudar na sua preparação, a escola criou uma nova disciplina- na Plataforma moodle para que todos possam consultar, com a designação de, Provas Finais e Exames de Equivalência à Frequência (2013).

Para que os E.E e alunos do 4º, 6º e 9º ano possam ter acesso à documentação foi criada uma disciplina específica que está integrada no Grupo de Disciplinas - "Alunos – Exames" e está configurada para que todos tenham acesso sem chave de inscrição.

Para os EE interessados basta aceder ao link:  Provas Finais e Exames de Equivalência à Frequência (2013)
e clicar em  Entrar como visitante.

02 março 2013

A Crise e as Crianças


Não é novidade para ninguém que a crise económica, financeira ou social afecta, em primeiro lugar, as populações mais vulneráveis. Nestas, incluem-se as crianças, em especial as que pertencem a meios desfavorecidos ou que têm alguma forma de deficiência ou handicap.

Acresce que estes “meios desfavorecidos” não são apenas os tradicionais, mas abrangem hoje muitas famílias anteriormente pertencentes a uma classe social com algum (mesmo que pequeno) desafogo e que, agora, estão estranguladas pelo desemprego, cortes sociais, aumentos incomportáveis da carga fiscal e das múltiplas falências.

Convém, no entanto, ter presentes três factos: um, é que sempre houve, ao longo da História, períodos de crise. Portugal, durante a II Grande Guerra, por exemplo, apesar de não ter estado directamente envolvido no conflito, passou tempos muito difíceis, com racionamentos de leite e de pão e com todo o tipo de restrições ao bem-estar. Segundo facto: a actual crise “apanha” a população portuguesa num estádio de desenvolvimento muito bom, com capacidade, portanto, de lhe fazer face. Mesmo com a redução do poder de compra ou de algumas benesses, e perspectivando-se um certo grau de empobrecimento geral, iremos, na pior das hipóteses, ficar muito acima do nível de vida da esmagadora maioria da população mundial. Terceiro facto: as crises servem também para reflexão, definição de novos paradigmas, para mudança e crescimento, e para nos libertarmos de erros e falhas passadas, de modo a que, pelo menos estes, não se voltem a repetir.

Recusando qualquer argumento arrogante e insuportável, do tipo “aguenta, aguenta”, e criticando, sem cerimónias, a insensibilidade social deste Governo, que, para mim, tem uma agenda política muito bem definida, para lá de uma incompetência igualmente explícita, estou, de qualquer forma, em crer que a actual crise poderá ser uma oportunidade para as famílias repensarem as suas prioridades, designadamente os seus hábitos de consumo, e, também, para evitarem uma coisa terrível: o desperdício.

Por outro lado, pode servir para ensinar as crianças a distinguir entre o que é essencial e o que é acessório: por exemplo, uma ida a um parque colher folhas secas, fazer colagens ou apanhar pedras e pintar, ou ir a uma praia apanhar conchas, podem ser actividades de “custo zero” que dão prazer e conhecimento, entretenimento e gozo e que não se compram. Ou seja, têm um grande valor, mas um pequeno preço.

Com excepção para as famílias em situações-limite – e que são cada vez mais –, que poderão vir a passar por dificuldades extremas e carências em bens essenciais, a crise pode ser uma forma para reflectir sobre o que se gasta em consumos desnecessários e permitir às crianças valorizar o que têm e perceber que não são mais felizes por terem mais roupa ou brinquedos.

Vale também a pena explicar aos nossos filhos que a crise resulta, em parte, da ganância do “quero tudo, já!”, que atingiu muitas pessoas, levando-as a pensar que eram deuses a quem tudo era devido, e que desembocou numa escalada de consumo de bens apenas para ostentar um determinado estilo de vida ou mero show-off. Também será uma boa oportunidade (dependendo da idade, claro) para explicar, com verdade, mas sem entrar em pormenores ou áreas que as crianças não compreendam, as causas e as consequências da crise e explicar a interdependência dos vários fenómenos sociais e políticos. E de como, se não lutarem por uma sociedade democrática e equitativa, de que são exemplo as escandinavas, irão ter um país empobrecido, desigual, iníquo e injusto.

Mas se, por um lado, é importante que as crianças percebam que os pais têm menos poder de compra, por outro, também devem sentir que isso não vai afectar o seu bem-estar ou as suas necessidades básicas. O impacte psicológico da crise será maior se os pais se lamuriarem e vitimizarem perante as crianças – estas têm de sentir que têm pais que conduzem o barco e que os protegem e promovem segurança.

Encaremos a crise com lucidez, esperança e vontade de a vencer. O derrotismo, a desilusão e o pessimismo só servirão para aumentar a nossa infelicidade. Para isso, já basta a própria crise…

Texto de Mário Cordeiro
In Público online