07 maio 2014

Prevenção de comportamentos autolesivos na adolescência


“O medo é eu gostar muito de ti e ter medo de te perder” 
Letria, J. (2008). “O medo o que é?” Biblioteca José Jorge Letria. Ambar 


Todos os pais temem o sofrimento dos filhos! Todos, ou quase todos, os tentam proteger do confronto com a dor. Queremos que a vida deles corra sem percalços e sem sobressaltos e que todas as barreiras, por maiores que sejam, tenham uma característica: a transponibilidade! Antecipamos perigos e tentamos retirar as pedras do caminho, pois sempre é mais tranquilizador imaginar um caminho plano, em que o risco de cair é menor. Nesta tentativa de que tudo seja perfeito, ou quase, esquecemos que é preciso alguma frustração e desconforto para se crescer melhor, para se ser mais além! Para que uma criança cresça equilibradamente é de todo importante a existência de uma empatia calorosa, um ambiente organizado, a existência de rituais familiares e de apreciações estimulantes, mas isto não chega… 

O outro lado, menos cor-de-rosa, também é necessário, diria que indispensável! Deste lado menos confortável, encontra-se o “não” e o respeito por este e também o adiamento da recompensa. Para alguns pais é tremendamente difícil dizer “não”, mais difícil ainda é mantê-lo. Por este motivo vemos jovens já bem crescidos a amuar quando são contrariados, e deparamo-nos com professores saturados de alunos que não têm a noção dos limites. 

Uma outra dificuldade bem actual é perceber que a recompensa é algo que se conquista e, por isso, até a atingir é preciso um esforço, que se tem de prolongar no tempo. Vivemos numa época em que tudo é para ontem, em que se tem tudo, mesmo com provas dadas de que a recompensa não é merecida. “Resolvi atribuir-lhe uma mesada para ver se sobe as negativas.” “Instalei-lhe uma televisão no quarto, para ver se o seu mau comportamento na escola se altera.” Estas são afirmações verídicas de pais que sempre deram tudo aos filhos e que quase nunca exigiram algo em troca. Geralmente estes jovens têm grandes dificuldades de auto controlo e de gerir a frustração! Estes filhos vão crescendo e os pais comentam: “Como é possível que este meu filho, que sempre teve tudo, me dá cada vez mais problemas?”. 
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