29 janeiro 2011

Notas baixam depois do acesso à banda larga

As notas dos exames nacionais de Português e Matemática do 9.º e 12.º anos de escolaridade revelam que o uso da Internet nas escolas não está a ter os efeitos pretendidos. Em termos médios, as notas escolares baixaram 7,7% de 2005 a 2008 e 6,3% entre 2005 e 2009, em 690 escolas, devido ao acesso à banda larga.
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As distracções causadas pelo universo que o acesso à banda larga disponibiliza são também apresentadas como argumento para explicar o declínio no desempenho dos estudantes. E os rapazes acabam por ser os mais prejudicados por serem mais susceptíveis a distracções com o computador à frente. Sabe-se que as raparigas jogam menos na Internet e os rapazes ouvem mais música. O estudo conclui também que as escolas mais afastadas dos centros urbanos, onde se usa mais a Internet, são as que apresentam piores resultados.
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Tito de Morais, fundador do projecto MiudosSegurosNa.Net, leu o estudo e defende que a introdução das novas tecnologias deve implicar formação aos professores, não apenas na vertente da utilização das ferramentas, mas também na exploração educativa do que o universo da Internet oferece, no sentido de melhorar a relação ensino aprendizagem. "Não basta ter as ferramentas e não basta saber usá-las. É preciso saber tirar o máximo partido das mesmas em contexto de sala de aula e isso implica mudanças nos processos de ensino/aprendizagem", afirma.

Na sua opinião, o acompanhamento parental em casa também é importante, bem como os incentivos à produção de conteúdos educativos. Quatro abordagens não podem, em seu entender, ser descuradas: formação de pais; formação de professores; tecnologias, métodos e processos de regulamentação da utilização; incentivos à produção de conteúdos educativos. Porque, se assim não for, avisa, "as TIC tenderão a constituir mais um factor de perturbação do que uma ferramenta cuja utilização se traduz na melhoria dos resultados escolares dos estudantes". 
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